segunda-feira, 24 de março de 2014

VW Gol G1 Quadrado

Do total de 15 milhões de VW fabricados no Brasil, o Gol responde por quase um terço das vendas. Desde que foi lançado, em maio de 1980, foram 4 milhões de unidades, ao longo de três gerações. Não por coincidência, ele é o campeão de vendas há 18 anos. Ele foi concebido para a indigesta missão de suceder o Fusca, do qual herdou parte da mecânica e quase pagou caro por isso. Mas, corrigida a derrapagem na saída, o Gol não amarelou e em 2001, com 3,2 milhões de unidades produzidas, mandou para escanteio o recorde de carros vendidos no Brasil, que era justamente do Fusca. O sucesso começou a tomar forma cinco anos antes do lançamento, numa sala da fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Mais precisamente, a sala do pessoal de estilo. A VW do Brasil estava sob o mandato do carismático Rudolf Leiding, que sairia daqui pouco depois para assumir a presidência mundial, em 1976. Leiding, um freqüentador bissexto do setor de projetos nos fins de tarde, acompanhava de perto o trabalho de três entusiasmados projetistas: Márcio Piancastrelli, o chefe, José Vicente Martins, mais conhecido como "Jota", e George Oba. Diante do avanço do Chevette e do fato de o Fiat 147 já estar na rampa de lançamento, os três iniciaram estudos para um carro compacto com motor dianteiro refrigerado a ar, aproveitado do Fusca. Entre as premissas do projeto estava o consumo. Vale lembrar que a fábrica já dispunha de uma opção bem mais moderna de motor, o 1.5 refrigerado a água do Passat, lançado em 1974. Mas a produção não estava preparada para suprir a demanda desse motor no caso de um carro de grande volume de vendas, destino previsto - e depois confirmado - para o projeto BX, que viria a ser chamado de Gol. O nome Angra também chegou a ser cogitado, mas foi descartado por lembrar as usinas nucleares de Angra dos Reis, projeto polêmico dos anos 70.

O motor podia ser o já esgotado 1300, mas a estrutura do Gol era totalmente nova. "A ordem era abandonar o 'bacalhau' e colocar o motor a ar na era monobloco", diz Piancastrelli, referindo-se ao eclético chassi com o protuberante túnel central.
Por questões de praticidade - mas principalmente para facilitar a aprovação do projeto -, o trio de designers foi deslocado para o QG da Audi, do mesmo grupo VW, localizado em Ingolstadt, na Alemanha. Parada dura, o "nosso" projeto disputava com o trabalho desenvolvido pelo pessoal da matriz, em Wolfsburg. Ainda que os três tenham voltado vitoriosos para cá, eles são unânimes em dizer que os colegas da matriz deram sua contribuição ao nosso primeiro Gol. Durante o período de testes, acreditava-se que as formas do Gol seriam as do Audi 50, gêmeo do Polo. Pelo menos foi sob esse disfarce que rodaram os primeiros protótipos, que tinham a frente semelhante à dos antigos Passat com faróis redondos.
Quando finalmente os primeiros Gol chegaram às mãos dos proprietários, a decepção só não foi maior porque a imprensa especializada havia antecipado o que todo mundo já presumia. Além do desenho moderno - não faltaram os que criticaram sua traseira "cortada a machado" -, ele tinha qualidades como espaço razoável para os passageiros de trás, porta-malas compatível com a proposta do carro e a possibilidade de acomodar mais carga com o banco traseiro rebatido. E os passageiros da frente contavam com cintos de segurança de três pontos retráteis. Mesmo com ignição eletrônica e contando com aperfeiçoamentos que lhe valeram 4 cavalos a mais que o Fusca 1300, o Gol se mostrou preguiçoso e nem tão comedido diante da bomba de gasolina. No primeiro teste feito por QUATRO RODAS, ele demorou 30,27 segundos para ir de 0 a 100 km/h. E a média de consumo ficou em 12,38 km/l, número aquém do esperado para um carro de sua categoria. A estabilidade proporcionada pela moderna suspensão e a direção precisa foram motivo de elogios no teste, assim como a novidade do câmbio, que dispensava troca de óleo.
Não demorou para que a VW oferecesse a opção com motor 1600 com dupla carburação, nas versões de acabamento L e LS. E conseguisse solucionar um crime, o roubo de espaço do porta-malas pelo estepe, instalado atrás desde o aparecimento do Gol a álcool, com dupla carburação. De volta ao devido lugar, o vilão foi condenado a passar a vida deitado com a parte côncava da roda sobre o carburador, encobrindo o filtro de ar. Elementar, meu caro...
"O 1300 foi um chute para as arquibancadas; o 1600 é um Gol." Foi com essas palavras que o jornalista Claudio Carsughi iniciou o texto do primeiro teste do novo motor, na edição de março de 1981. Com 66 cavalos, o carro acordou e baixou o tempo do 0 a 100 em nada menos que 12 segundos (!). A máxima passou de 128 para 139 km/h. E ficou mais econômico, com uma média de 13,4 km/l.
Aproveitando o ano do mundial de futebol na Espanha, em 1982, a VW lançou uma série especial, o Gol Copa. É o modelo que ilustra esta reportagem, e que contava 30000 quilômetros no hodômetro quando foi fotografado. Tinha alguns itens exclusivos, tais como a cor azul-metálico, rodas de liga leve e faróis auxiliares, além de pneus radiais de série.
Em março de 1984, uma versão esportiva do Gol inaugurava o uso do motor refrigerado a água no modelo. Era o Gol GT 1.8, uma versão esportiva com o motor que viria a equipar o Santana com comando de válvulas importado do Golf GTi, capaz de ir de 0 a 100 km/h em 11,7 segundos. Tinha rodas de alumínio aro 14, faróis de longo alcance, grade na cor da carroceria e spoiler. No entanto, o motor a refrigerado a água só seria incorporado à linha Gol em 1985, com os famosos AP 1.6. Em 1988, o Gol GTi 1.8 trouxe para o Brasil a era da injeção eletrônica.
Em 1990, o modelo intermediário do VW Gol, o CL, era movido por um motor 1.6 Ford, fruto da associação entre as duas montadoras, a Autolatina, um acordo que durou até 1996.
Para enfrentar o Mille, em 1992, veio o despojado Gol 1000, que fazia o papel de carro de entrada, o eleito dos frotistas. Sobreviveu até 1996, quando transformou em passado a fase "quadrada" e o carburador, na linha Gol. Em setembro de 1994 iniciou-se o reinado do Geração II, que ficou conhecido como "Bolinha" - uma história que fica para outra vez.

Ficha Técnica Volkswagen Gol GL 1.8


Volkswagen Gol GL 1.8                         
Ano 1994Valor R$ 8.832 desvalorização
Procedência NacionalGarantia 1 ano
Configuração Hatch Porte Compacto
Lugares 5 Portas 2
Manutenção 4Conforto 2
Coeficiente CNW 0,31 Ranking CNW 1146
Motor
Instalação Dianteiro Aspiração Atmosférica
Disposição Longitudinal Alimentação Carburador
Cilindros 4 em linha Comando de válvulas Simples no cabeçote, correia dentada
Válvulas por cilindro 2 Diâmetro dos cilindros 81 mm
Taxa de compressão 12,3:1 Curso dos pistões 86,4 mm
Cilindrada 1781 cm³Potência 96 cv a 5200 rpm
Combustível Álcool Torque 15,2 kgfm a 3400 rpm
Peso/potência 9,90 kg/cv Torque específico 8,53 kgfm/litro
Peso/torque 62,50 kg/kgfm Potência específica 53,90 cv/litro
Transmissão
Tração Dianteira Câmbio Manual de 5 marchas
Suspensão
Dianteira Independente, McPherson
Traseira Eixo de torção
Dimensões
Comprimento 3810 mm Largura 1601 mm
Entre-eixos 2358 mm Altura 1350 mm
Bitola dianteira 1350 mm Bitola traseira 1370 mm
Porta-malas 146 litros Tanque de combustível 55 litros
Peso 950 kgCarga útil 390 kg
Vão livre do solo 130 mm
Desempenho
Velocidade máxima 170 km/hAceleração 0-100 km/h 10,3 s
Consumo
Urbano 7,5 km/l Rodoviário 11,8 km/l    

HISTÓRIA DO GOL QUADRADO


História

O Gol surgiu a partir da necessidade de se criar um sucessor para o Fusca após a segunda metade dos anos 1970 para enfrentar outros veículos com projetos modernos como Fiat 147 e Chevrolet Chevette. Os veículos produzidos pela matriz europeia não atendiam as necessidades do mercado brasileiro devido às condições de estradas e hábitos dos consumidores, exigindo assim uma plataforma mais resistente. O departamento de engenharia da Volkswagen, localizada na Fábrica II, no bairro paulistano de Vila Carioca, passou a desenvolver o projeto desta plataforma com base no primeiro Polo, que fora, por sua vez, projetada na Alemanha, há alguns anos antes por Phillip Schmidt, que na ocasião, atuava na Volkswagen brasileira como diretor de Pesquisa e Desenvolvimento.
O projeto BX se deu início em maio de 1975, após Schmidt vencer a resistência da matriz alemã devido aos insucessos dos veículos brasileiros SP-2 e o TL, e retirou inspiração no cupê esportivo Scirocco, que por sua vez, fora baseado no Golf. O nome Gol veio da tendência em que a Volkswagen tinha de dar nomes aos veículos associados a esportes (Polo, Golf, Derby). Assim, este veículo adotou um nome baseado à paixão do brasileiro pelo futebol

Uso em rallys de velocidade sem reforços estruturais: a fama de robustez

Segundo o jornalista e ex-piloto Bob Sharp, a Volkswagen deu início ao trabalho de preparação dos Gols para participação em ralis de velocidade em 1984, observando as exigências de resistência para a participação neste tipo de prova, como estradas de terras precárias e a necessidade de se trafegar em alta velocidade. A Engenharia de Chassi da VW foi insistente em dizer que não seriam necessários reforços adicionais nas estruturas devido ao fato da estrutura do Gol ter sido superdimensionada.
Para a surpresa da comissão técnica e do público em geral constatou-se, durante o Rally del Lago, no Uruguai, em fevereiro de 1985, que o veículo não possuía reforços em sua estrutura nem na suspensão, o que sempre pode ser confirmado a cada operação de alinhamento de rodas.
No entanto, o uso em rallyes pressupunha a troca integral do monobloco do veículo a cada ano devido às inevitáveis rachaduras junto à coluna A (sustentação da porta). Mesmo assim, por não ser o Gol excessivamente caro para essa operação, passou a ser um dos carros mais utilizados nessa modalidade. Outra modificação que logo passou a ser efetuada por equipes independentes foi a duplicação das bandejas de suspensão dianteira, encaixando duas peças, soldando-as, aumentando assim sua resistência.

Primeira geração

Gol G1/Gol Quadrado
Gol de 1981
Gol 1984

Modelo Gol do fim da década de 1980 da primeira geração.
Visão Global
Produção 19801996
Fabricante Volkswagen
Modelos relacionados Volkswagen Voyage
Volkswagen Parati
Volkswagen Passat
Cronologia
Último
Último
Volkswagen Fusca
Volkswagen Brasília
Gol 2ª geração (1994 - 2008)
Próximo
Próximo

1980

Estreou com motor carburado de corpo simples e arrefecido a ar, herdado do Fusca, um 1300 apelidado de "Gol Chaleira", devido ao barulho característico proveniente do motor, com a opção da utilização de gasolina ou álcool como combustível. Era disponível em duas versões: Básica e L.
Foi lançada em 1981 a versão com motor 1600, também arrefecido a ar, devido às constantes reclamações de baixo desempenho do motor 1300. A instalação do novo motor 1600 resultou na retirada da Brasília do mercado no ano seguinte. A versão básica passava a se chamar S e a versão L passava a se chamar LS. Por fora, além de novos emblemas, reportagens da época já destacavam que uma das poucas alterações visuais para o Gol 81 eram os piscas traseiros na cor âmbar (apenas em 1980 eles eram vermelhos).
No ano seguinte surgiu a série especial chamada Gol Copa, com rodas de liga leve, para-choques na cor do veículo, forração especial, faróis de neblina e outros acessórios em homenagem à Copa do Mundo de Futebol deste ano.
Em 1984 foi criada a nova versão BX. EM 1985 as versões S e LS ganhavam nova frente e motor com refrigeração a água (MD 270) com 4 ou 5 marchas. Surge a versão GT 1.8 de 99cv, em 1986 esse motor foi substituído pelo AP-1800 (Alta Performance). Curiosamente o Gol GT jamais teve aerofólio, mas vinha com a inscrição "GT" serigrafada em branco em toda a área inferior do vidro traseiro.
Uma importante e fundamental mudança em 1985 para o Gol: a VW passou a ofertar o motor arrefecido a água do Passat. Essas versões traziam faróis, grade, lanternas dianteiras e para-choques idênticos ao Voyage, abandonando os faróis dianteiros sem piscas que invadiam a lateral do carro. O estepe, que era abrigado no compartimento do motor, passou a ser alojado no porta-malas.
A versão refrigerada a ar ficou como um modelo de entrada, ainda denominado Gol BX. Uma diferença bem visível em relação ao modelo a água era nas lanternas traseiras; a posição de ré não possuía lâmpadas e tinha a lente de cor laranja, a mesma dos piscas traseiros.
A produção do Gol BX perdurou até o fim de 1986. As versões do Gol que utilizavam o motor arrefecido a água tinham a denominação S ou LS, tendo variações de acabamento. Esse foi o último ano com a opção do Gol refrigerado a ar.

1987

Ocorre a primeira reestilização da primeira geração. O Gol ganha frente levemente mais baixa com capô redesenhado, novos faróis, grade, para choques envolventes, novas lanternas dianteiras e traseiras, essas agora com alojamentos para 6 lâmpadas em cada lado, embora o Gol GTS (e futuramente o GTi) viesse com 5 lâmpadas em cada lado e as demais versões com apenas 3 lâmpadas em cada lado. O Gol GT é substituído pelo Gol GTS com alterações no 1.8, que passou a ter somente o álcool como opção, pois o modelo a gasolina deixava muito a desejar em questão de desempenho para um carro "dito esportivo". Interessante o fato de a Volkswagen insistir que o Gol GTS tivesse apenas 99cv de potência apesar de estimativas indicarem que ele tivesse entre 105cv e 109cv. Se a Volkswagen admitisse a maior potência, o carro seria taxado com maior imposto, daí o fato de o motor ter a potência nominal tão baixa. O GTS é o primeiro Gol a vir com aerofólio de fábrica. Muda também a nomenclatura das demais versões: a S vira CL, e a LS vira GL. Em virtude do empréstimo compulsório estabelecido pelo governo para conter a alta do consumo decorrente do congelamento de preços imposto pelo Plano Cruzado, surge uma versão C, ainda mais básica que a CL, com câmbio de 4 marchas e apenas na cor branca e a álcool, destinada a frotas e órgãos governamentais, que durou apenas até o início de 1988.
Gol 1987-1990

1990 Volkswagen Gol 1.8 GTS
Um ano depois da primeira reestilização externa, o Gol deixa de usar o painel de instrumentos baseado no da Variant II e ganha dois painéis: um mais simples, baseado no do Santana CL e um outro mais sofisticado (o Satélite) para as versões superiores GL e GTS. Os retrovisores subiram para a área das janelas das portas, e as colunas dos quebra-ventos foram um pouco recuadas para trás. Ao final deste ano, no Salão do Automóvel de São Paulo, é lançado o Gol GTi, primeiro carro nacional com injeção eletrônica.
O motor 2.0 do GTi (AP-2000i), somente a gasolina, tinha 120cv. No final do ano o Gol na versão CL perdeu o consagrado motor AP-1600, para usar um outro derivado do 1.6 CHT da Ford —que passou a ser chamado de AE-1600 (Alta Economia)— por causa das modificações na sua estrutura e união com este fabricante, uma joint venture denominada Autolatina. O Gol ficou um pouco menos potente mas com mais torque em baixas rotações, ao mesmo tempo em que alcançava menor consumo, atingindo a marca de 12,5 km/l na estrada no modelo CL. Para a versão GL ficou disponível apenas o motor AP1.8

1991

Em 1991, ocorre a segunda reestilização da primeira geração, apelidada de "Gol Quadrado". A grade dianteira, os faróis e as lanternas dianteiras (agora com refletivo lateral âmbar em cada uma) ficam mais estreitos, para atender também ao padrão norte-americano, já que o modelo derivado do Gol, o Voyage, ainda era exportado para lá com o nome Fox. Tanto que no Fox o refletivo âmbar dava lugar à luz de posição lateral cor de âmbar. Na traseira as mudanças são bem discretas: os vincos em baixo-relevo existentes na tampa do porta-malas do Gol passam a ser bem mais suaves e os emblemas que ali estão ganham nova grafia. Dessa vez os para-choques e as lanternas traseiras do Gol não mudam. O Gol GTi ganha novas cores, ao invés de ser oferecido apenas na cor azul como ocorria de 1988 a 1990. Mesmo com a reestilização da linha Gol, a VW insiste em oferecer o Gol GTS com as lanternas tricolores.
Gol 1991-1994 (face lift)

VWGOLtraseira.jpg
Em 1992, ano em que todas as versões recebem catalisador no escapamento (e com um pequeno emblema "catalisador" na traseira direita), são disponíveis duas versões CL, ambas com o mesmo motor AE 1600. Uma mais simples, com painel sem relógio nem hodômetro parcial, volante de plástico rígido, revestimentos das portas em plástico e rodas de 13 polegadas com pneus 155, e que foi comercializada apenas nesse ano, enquanto não era lançado o Gol 1000. A outra, mais sofisticada, com interior mais parecido com o do GL, exceto pela ausência do painel satélite, revestimento das portas em tecido, e rodas de 13 polegadas com pneus 175. No final do ano, a versão CL voltou a ser única, com o acabamento mais pobre.
Em 1993 é lançado o Gol 1000. A Autolatina converte o AE 1600 para AE 1000, com isso passou a ser fabricado Gol CL com o AE 1600, e Gol 1000 com o AE 1000. Devido ao incentivo fiscal, o Gol 1000 com motor AE 1.0 de apenas 50 cv passou a ser o mais vendido por ter um custo inferior aos demais. Esse modelo foi fabricado até o fim de 1996. No final do ano, o motor AP 1600 voltou a ser disponível para a versão CL.
Em 1994 o plástico dos para-choques de toda linha Gol passa a ser na cor cinza.Foi lançada a última série especial da primeira geração, o Gol Copa, em alusão à Copa dos EUA, e comercializado apenas na cor azul claro metálico(1994). Este foi o último ano de fabricação da primeira geração do Gol motor 1600 4 marchas, exceto para o Gol 1000 que continuaria a ser fabricado até 1996, convivendo com o Gol da segunda geração. Em 1994 o Gol 1000 passava a ser ainda mais simplificado para que ficasse ainda mais competitivo no mercado de populares. Externamente suas únicas mudanças nesse ano foram a perda de seus frisos nas laterais e as lanternas dianteiras que passaram a ser totalmente na cor âmbar, e assim seguiria até o fim de sua fabricação.